segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

À mesa de Jantar



À mesa de jantar, Laurita Mourão, Círculo do Livro [por cortesia da Editora Nórtica Ltda] RJ. 1979, 304 páginas, 


relata a história de uma mulher sexualmente liberada, economicamente independente, familiarmente amorosa e responsável, de um profundo amor pelo pai, Gen. Olympio Mourão Filho, personagem de 2 episódios singulares na história do Brasil: a elaboração do Plano Cohen, que possibilitou a Getúlio Vargas deflagrar o Golpe de 1937, criando o Estado Novo e a conspiração contra o governo João Goulart em 1964, que acabou por  desaguar no Golpe Militar de 1º de abril daquele ano.

Amor, paixão, traição, tragédia, sexo, prazer, filosofia, história e muito mais. Um livro que surpreende do início ao fim.

L-a-u-r-i-t-e-a-n-d-o-:

“Para mim a mesa do jantar é o altar de minha casa”.

“Não há culpa – culpa é a grande invenção dos judeus!”

“[...] que poucas mulheres sabem, é que o ato de sugar o seio materno por parte do recém-nascido promove o estreitamento dos músculos da vagina, fechando-os totalmente”.

“Devo muito a ela [Nezita] ter complementado a minha formação espiritual, quando ela me deu para ler e estudar os livros de Huberto Rohden”.

“A morte de alguém da família é triste, mas é coisa deste mundo, e os lutos e as curtições dramáticas só prejudicam”.

“Foi com Nico que começou o meu “amadurecimento na arte” e se foi afirmando meu conceito de que não há homens impotentes, senão mulheres incompetentes! Assim como não existem mulheres frígidas senão que mal trabalhadas”.

“Não sei, mas em amor a oportunidade é um fator de imensa importância”.

“[...] esperava, com sua virgindade intacta, que ele aumentasse o nome dela de solteira”.

“A expressão fisionômica de Nely foi de incredulidade, pensando que eu deveria me parecer com o Perón, considerado “o maior químico do mundo”, porque havia transformado, por duas vezes, a putassa em bela dona”.

“Como é agradável todo princípio de romance e como é triste todo final!”

“[...] eu tinha aquele homem na minha cabeça e queria tê-lo entre as pernas.”

“[...] a vida não é outra coisa que isso: construir para os outros e ir embora.”

“[...] geladeira, magnífico e eficiente gigante que reina na cozinha e que transfere sua frieza interior a todo o ambiente da família.”

“Meu pai que eu pensava eterno, ia morrer.”

“O sistema indica que as grandes diferenças de idade não são jamais aconselháveis nas uniões de caráter amoroso.”

“Em amor, sabemos todos, não há status quo.

“Rolls-Royce, uma obra de arte que caminha...”

“Sempre disse aos meus filhos que eles herdarão tudo no dia da minha morte, menos o Rolls-Royce, que será do último homem que me faça feliz.”

Luiz Humberto Carrião

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