sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

É tudo tão simples / Danuza Leão. - Rio de Janeiro: Agir, 2011.


Conheci Danuza Leão como jurada do programa Flávio Cavalcante. Depois como irmã de uma das vozes mais doces do Brasil, Nara Leão. Mais à frente como ex-mulher do jornalista Samuel Wainer, fundador do Jornal Última Hora. Em seguida como colunista da Folha de São Paulo, e, atualmente, como escritora. Aliás, esse meu encontro com Danuza Leão como escritora foi meio que por acaso.

Nada como um bom café expresso e uma água mineral com gás, numa dessas mesinhas de uma boa livraria durante o período vespertino. Percorrer as estantes, selecionar alguns títulos, sentar-se à mesa e analisar qual será o escolhido. É interessante isso, porque a gente não fica preso somente a livros indicados ou comentados por revistas semanais ou internet. Dizem que um bom título com uma capa sugestiva já é meio caminho andado. Com tempo de conhecer um pouco de seu autor, apresentação da obra e por fim a bibliografia, melhor ainda.

Noutro dia analisava um livro sobre evolução, tema esse que muito me prende, quando adentrou a livraria o jornalista e apresentador de televisão Rosenwal Ferreira a procura de um livro de autoria de Danuza Leão. Confesso que cheguei a vê-lo na prateleira de lançamentos, todavia não lhe dei importância, porém, o interesse do jornalista me chamou atenção. Assim que saiu após adquirir o seu, fui até a mesa peguei uma unidade para dar uma olhada. A capa é ilustrada com a foto da autora elegantemente vestida e o título interessante: é tudo tão simples.

No inicio dá a impressão de que estamos diante de uma Danuza Leão humorista, em um teatro como uma stand-up, com um texto recheado de humor, etiqueta, filosofia, biografia, consultoria etc.: “... ter carro, dentro de algum tempo será coisa do passado.” “... tome cuidado com o tédio. O tédio mata mais que qualquer doença”. “... "editoriais de moda são como textos de convite de exposição de pintura abstrata: ninguém entende nada.” “O problema é que homens e mulheres falam idomas diferentes. Quando ele diz “eu te amo” está querendo dizer “vamos para a cama”, mas ela entende ao pé da letra, e, pior: acredita.” “Caviar é tão bom que a gente devia comer nua.” “Aliás, quem mais quer casar nos dias de hoje são os gays.” E nas entrelinhas deixa escapar aquilo que todos nós tememos, a solidão.

Um livro interessante. De leitura fácil. Preço acessível. Lido de uma só vez. Um lado interessante dessa ex-modelo internacional, mulher televisiva, colunista e escritora.

Vale a pena ser lido.   

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