sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

OS OITO PILARES DA SABEDORIA GREGA - o que podemos aprender com a História e os Mitos clássicos –

Os oito pilares da sabedoria grega – o que podemos aprender com a História e os Mitos clássicos – Stephen Bertman, P.H.D., tradução de Maria Luiza Newlands, Rio de Janeiro, Sextante, 2011

Que me desculpe esse leitor que por um acaso encontrou esse blog perdido na blogosfera - já vou dizendo: não sou muito entusiasmado com livros de autoajuda. Me parecem receitas de bolo. São todos iguais e com um agravante, oportunistas. Não são poucas as editoras e autores que têm esse tema a priori em função da rentabilidade comercial que proporciona. A ciência médica com seu avanço tem trazido à tona doenças antes desconhecidas e, outras que a deixa impotente diante da cura; a desigualdade dos mundos acima e abaixo da linha do Equador não os divide em ricos e pobres, a miséria generalizou-se; a educação se transformou num balcão de negócios nas escolas particulares, e um faz de contas nas escolas públicas; a religião passou a desafiar e vencer a Física para seus fiéis, porém, lá na frente, o ingênuo se dá conta de que não é bem assim; a velocidade da informação atordoa; e tudo isso, levou o ser humano a mudanças profundas nessas últimas décadas, globalizou-se tudo, até o estresse e a sua consequência, a depressão. E como deuses, autores se propõem através de seus livros sagrados de autoajuda proceder-se a milagres, como esses pastores neopentecostais e suas igrejas fantásticas. Só por isso. Nada mais.

Na História da humanidade, mais precisamente no que didaticamente se convencionou chamar de História Antiga, dois países chamam a atenção e ambos trazem nesta atenção algo de peculiar a cada um. O Egito, com a sua memória viva através do Rio Nilo e de suas piramides e estátuas que desafiam o tempo e o seu modo de produção. Este simplesmente extraordinário e desafiador. Como que uma civilização limitada em alguns meses do ano em sua agricultura, conseguiu ser o celeiro do Mundo Antigo. A Grécia, pela sua cultura extraordinária, através da qual expressou não somente o pensamento de seu povo, mas a realidade de que nós, humanos, é que somos criadores, inclusive, de deuses. Ah! Se os árabes não tivessem feito o que fizeram na Grécia, e os bárbaros em Roma! Ah! Se a Igreja não tivesse agido como agiu na Idade Média! E se Lutero, no momento de “cessar tudo o que a musa antiga canta” não tivesse inventado o Auto Exame! Ah! Se Calvino não tivesse existido!O mundo certamente seria diferente. Muito diferente.

Os oito pilares da sabedoria Grega: o humanismo, a busca de excelência, a pratica da moderação, o autoconhecimento, o racionalismo, a curiosidade incansável, o amor a liberdade e o individualismo são extraídos dos ensinamentos gregos para compor mais um desses livros de autoajuda. Só que, com uma diferença. Seu autor como doutor em literatura grega e latina pela Universidade de Colúmbia, além de especialista em estudos clássicos pela Universidade de Nova Iorque e em estudos judaico e sobre o Oriente Médio pela Universidade Brandeis, e atuando como professor, consultor educacional e palestrante e dedicando sua vida a construir pontes entre os mundos do passado e do presente explorou bem a mitologia grega. E como! Se me perguntarem gostou do livro? Direi que sim! O autor explorou bem a relação entre deuses e humanos na Grécia antiga. Só por isso!

Vale a pena sua leitura pela viagem na Mitologia grega.

  

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