segunda-feira, 28 de novembro de 2011

História do Universo

Jamais poderia imaginar que o chuviscado do aparelho de televisão antes da inauguração do sinal da TV Triângulo, canal 8, prefixo ZYH, a primeiro de maio de 1964, tratava-se da radiação originária da luz proveniente do Big Bang, na forma de um gás de fótons que permeia todo o Universo. Mas isto só foi possível graças a Ciência, segundo Cláudio Lenz César, “uma das mais belas construções humanas, possível graças a existência de uma ordem, um padrão da natureza e mentes curiosas em desvendar essa ordem”.

Por outro lado o título de uma obra é que faz a ponte entre ela e o leitor. E confesso que o título “História do Universo” não chega a ser uma etiqueta de grife. Seu autor, Edmac Trigueiro, também não traduz tanta confiabilidade assim, principalmente, quando sua biografia indica-o como bacharel em direito e que, nas horas vagas se dedica ao esporte e aos estudos das questões fundamentais das origens do universo, da vida e do homem. Sua capa muito mais próxima a esses livros de autoajuda vendidos em bancas de revistas do que uma análise profunda sobre a questão que inquieta o mundo desde que razão habitou o homem.

Mas o leitor contumaz possui um visgo para boas obras, principalmente, aquele cujo melhor passeio é a uma boa livraria. Assim, entre um gole de café e outro, pude rapidamente perceber a profundidade da obra, História do Universo. Informações atualizadíssimas e com uma leitura de uma agradabilidade extraordinária. Edmac Trigueiro trata o assunto de uma maneira simples e com uma didática clara e compreensiva, mesmo quando se trata de equações da Física ou da matemática, “linguagem através da qual o Universo se comunica conosco e nos apresenta às suas leis”. Navega de maneira desburocratizada pelos oceanos da física quântica.

A História do Universo é o caminhar no tempo e no espaço da teoria última sobre a menor partícula existente anterior ao Big Bang, a Teoria das Cordas, durante esses 13,7 bilhões de anos, idade admitida cientificamente a ele. Quanto ao Planeta Terra, faz uma indagação: se ele foi feito sob medida para nós, ou, nós é que fomos feitos sob medida para ele.

Vale a pena sua leitura. 

domingo, 27 de novembro de 2011

O COFRE DO DR. RUI

O cofre do dr. Rui – como a Var-Palmares de Dilma Rousseff realizou o maior assalto da luta armada -, Tom Cardoso, Civilização Brasileira, 2011.

Na apresentação o livro já chama a atenção. Primeiro por trazer uma fotografia da presidente Dilma Rousseff quando de sua identificação pela polícia política brasileira tendo como pano de fundo sua ficha prontuário e, segundo pelo título O cofre do dr. Rui – como a Var-Palmares de Dilma rouseff realizou o maior assalto da luta armada brasileira.

Contendo 178 páginas, uma narrativa leve reproduz a história da delação por um jovem que em nome do idealismo de esquerda em combate a ditadura, delatou aos guerrilheiros brasileiros a existência de um cofre na residência de sua família, pertencente a uma tia que havia sido amante do governador de São Paulo, Ademar de Barros, que, para facilitar o contato entre ambos passou a chamá-la de doutor Rui.

A operação foi um sucesso! Na tarde de 18 de julho de 1969 expropriaram de um casarão em Santa Tereza, no Rio de Janeiro, o cofre com a quantia de 2 milhões 598 mil dólares que se perderam por falta de estrutura emocional dos guerrilheiros.

O papel desempenhado pela presidente neste episódio foi o de se passar por turista estrangeira numa casa de câmbio para trocar dólares do cofre do Ademar de Barros por cruzeiros novos.

Uma narrativa interessante da História recente do Brasil que mostra a fragilidade com que a esquerda brasileira inspirada em Fidel e Guevara tentou repetir a revolução Cubana. Traz a ação de personagens importantes como Lamarca, Mariguela, a própria presidente Dilma, dentre outros.

Vale a pena sua leitura.